Ultimamente tenho visto muitas reclamações sobre o que tem sido produzido de literatura no Brasil.
"Mas não tem livro bom no Brasil, o que aconteceu com os novos escritores"?
Cadê os bons livros do Brasil?
E os velhos? Qual o problema de ler os clássicos que você nunca leu?
Tudo bem, falemos dos novos. Mas antes, esclareçamos um fato: a mídia produz justamente aquilo que mais se consome, e o que mais se consome? Vídeos no Youtube, Netflix, textos rápidos e pouco úteis das redes sociais, ora essa, livros? Talvez um ou outro de um autor estrangeiro, brasileiro pra quê? Sim, aquilo que mais se consome é um reflexo do que a maioria das pessoas tem lido ou visto.
Existe o mal do ler livro depois que anunciaram que vai ter filme. Caro leitor, no Brasil dificilmente um livro de ficção vai virar um bom filme, e quando vira, realmente merece ser aplaudido e compartilhado para que se estimule o nosso cinema.
Mas estamos dentro de uma bolha, limitados ao que os algoritmos e propagandas com base naquilo que gostamos nos mostram nas redes sociais, e deixamos de dar oportunidade a conhecer algo novo. Nos falta amor à Pátria até mesmo naquilo que temos consumido em mídia.Você já parou pra pensar em quanto tempo gasta nas redes sociais "lendo" pequenas informações e se achando o tal porque abriu um link e leu um "textão" hoje? Já se perguntou por que a palavra textão muitas vezes assusta? Claro que o conteúdo de um texto importa e alguns textões não têm conteúdo, mas precisamos admitir que estamos vivendo na era dos Fast Books, assim como queremos que a comida esteja pronta rapidamente, queremos ler aquilo que possa ser engolido imediatamente e partir para o próximo, sem ao menos pensar ou construir ideias com aquilo que foi lido.
Alegamos tanto o conhecimento, que somos tão racionais e evoluídos, mas metade de nós sequer tem argumentos baseados em textos concretos ou livros relevantes e queremos reclamar da literatura que é produzida no Brasil.
Agora se você for do tipo que reclama de livro de biografia de youtuber e não dá apoio pro seu colega da escola que escreve lindos poemas ou daquela sua amiga que escreve uns textões crueis demais para serem lidos rapidamente, tem realmente alguma coisa bem errada aí.
Sejamos coerentes ao reclamar em fazer nossa parte ainda que ler livros enormes não seja sua praia, vou dar um exemplo: particularmente eu tento ler uns três ou quatro livros ao mesmo tempo durante uma semana ou mês, mas leio muito devagar, e devido a vários outros compromissos ou o trabalho, ou até mesmo pela distração, demoro bastante pra terminar um. Cada livro terminado é uma vitória, mas ainda assim, comecei a comprar livros diversos daqueles que eu costumava ler, e posso garantir, é uma experiência interessante. A fila de livros aumenta mesmo que eu não tenha terminado o livro anterior, mas ainda assim, é uma meta que só vou cumprir se exercitar e não desistir.
Então, lembre-se, quando for reclamar dos livros de minecraft, youtubers, entre outros, saiba que existem pessoas que querem desesperadamente um pouquinho a mais de apoio para publicar um livro algum dia. Talvez o George Martin ou J.K. Rowling brasileiros estejam aí escondidos, porém sem oportunidade. Apesar de tudo, escondidos por aí temos Augustos Cury, Clarices Lispector etc.
Quem sabe algum dia, teremos um representante do Prêmio Nobel vindo do Brasil, nos resta dar apoio a quem for ao invés de criar mais obstáculos, só assim os bons livros irão aparecendo aos poucos.
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Por André Basualto
"Mas não tem livro bom no Brasil, o que aconteceu com os novos escritores"?
Cadê os bons livros do Brasil?
E os velhos? Qual o problema de ler os clássicos que você nunca leu?
Tudo bem, falemos dos novos. Mas antes, esclareçamos um fato: a mídia produz justamente aquilo que mais se consome, e o que mais se consome? Vídeos no Youtube, Netflix, textos rápidos e pouco úteis das redes sociais, ora essa, livros? Talvez um ou outro de um autor estrangeiro, brasileiro pra quê? Sim, aquilo que mais se consome é um reflexo do que a maioria das pessoas tem lido ou visto.
Existe o mal do ler livro depois que anunciaram que vai ter filme. Caro leitor, no Brasil dificilmente um livro de ficção vai virar um bom filme, e quando vira, realmente merece ser aplaudido e compartilhado para que se estimule o nosso cinema.
Mas estamos dentro de uma bolha, limitados ao que os algoritmos e propagandas com base naquilo que gostamos nos mostram nas redes sociais, e deixamos de dar oportunidade a conhecer algo novo. Nos falta amor à Pátria até mesmo naquilo que temos consumido em mídia.Você já parou pra pensar em quanto tempo gasta nas redes sociais "lendo" pequenas informações e se achando o tal porque abriu um link e leu um "textão" hoje? Já se perguntou por que a palavra textão muitas vezes assusta? Claro que o conteúdo de um texto importa e alguns textões não têm conteúdo, mas precisamos admitir que estamos vivendo na era dos Fast Books, assim como queremos que a comida esteja pronta rapidamente, queremos ler aquilo que possa ser engolido imediatamente e partir para o próximo, sem ao menos pensar ou construir ideias com aquilo que foi lido.
Alegamos tanto o conhecimento, que somos tão racionais e evoluídos, mas metade de nós sequer tem argumentos baseados em textos concretos ou livros relevantes e queremos reclamar da literatura que é produzida no Brasil.
Agora se você for do tipo que reclama de livro de biografia de youtuber e não dá apoio pro seu colega da escola que escreve lindos poemas ou daquela sua amiga que escreve uns textões crueis demais para serem lidos rapidamente, tem realmente alguma coisa bem errada aí.
Sejamos coerentes ao reclamar em fazer nossa parte ainda que ler livros enormes não seja sua praia, vou dar um exemplo: particularmente eu tento ler uns três ou quatro livros ao mesmo tempo durante uma semana ou mês, mas leio muito devagar, e devido a vários outros compromissos ou o trabalho, ou até mesmo pela distração, demoro bastante pra terminar um. Cada livro terminado é uma vitória, mas ainda assim, comecei a comprar livros diversos daqueles que eu costumava ler, e posso garantir, é uma experiência interessante. A fila de livros aumenta mesmo que eu não tenha terminado o livro anterior, mas ainda assim, é uma meta que só vou cumprir se exercitar e não desistir.
Então, lembre-se, quando for reclamar dos livros de minecraft, youtubers, entre outros, saiba que existem pessoas que querem desesperadamente um pouquinho a mais de apoio para publicar um livro algum dia. Talvez o George Martin ou J.K. Rowling brasileiros estejam aí escondidos, porém sem oportunidade. Apesar de tudo, escondidos por aí temos Augustos Cury, Clarices Lispector etc.
Quem sabe algum dia, teremos um representante do Prêmio Nobel vindo do Brasil, nos resta dar apoio a quem for ao invés de criar mais obstáculos, só assim os bons livros irão aparecendo aos poucos.
Por André Basualto
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